Este texto na sua Parte 1 apresenta uma tradução de uma entrevista
publicada no World Economic Forum (WEF) sobre a comparação anual entre os países
e o uso da Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) como instrumento de
modernização e maturação para seu avanço na sociedade de cada país. Na Parte 2
adaptamos uma palestra feita para o Governo do Estado de São Paulo dada pelo WEF
falando sobre a América Latina e Brasil dentro da maturação para uso das
TICs.
PARTE 1
Global Information Technology
Report (GITR): Interview
http://www.weforum.org/site/homepublic.nsf/Content/Global+Information+Technology+Report%3A+Interview
Numa Entrevista, o Diretor Economista Chefe do Programa
de Competição Global, Augusto
Lopez-Claros, explica os resultados do Relatório Global de Tecnologia
de Informação de 2004-2005.
Singapura é a estrela em
performance neste ano (veja ranking na última página).
GITR: Quais foram os
fatores decisivos que a colocaram do oitavo lugar no ano passado para o topo
neste ano?
Singapura ultrapassou os Estados Unidos
atingindo o topo do ranking do “Índice de Prontidão dos Conectados em Rede”
(Networked Readiness Index - NRI) pela primeira vez. Os principais fatores que
explicam essa excepcional performance podem ser encontrados na excelente
infra-estrutura de TIC e ambiente regulatório.
Um terceiro fator é sua
prontidão e aceitação por parte dos principais envolvidos (isto é, governo,
comunidade empresarial e famílias) em adotar novas tecnologias e tirar total
benefício das TICs.
Em particular, Singapura tem a melhor performance
mundial em termos de qualidade de educação para ciências e matemática,
facilidade para financiamentos e taxas de conexão para telefonia, e o governo
prioriza as compras governamentais pelas TICs. Singapura tem também pontos
altíssimos em outras áreas, como qualidade de acesso a Internet.
No uso
das TICs, o país lidera o mundo em termos de predominância de licenças de
tecnologias estrangeiras, sucesso governamental na promoção das TICs, e
disponibilidade de serviços governamentais on-line. .
Porquê os
Estados Unidos caiu do topo há três anos, para a quinta posição?
Este
é um resultado mais dos avanços de posições relativas, do que um resultado de
uma atual erosão na performance das TICs pelos Estados Unidos. Mas os Estados
Unidos registrou uma relativa piora de performance neste ano nos três
componentes do NRI. Pelo lado positivo ele consolidou sua liderança global nos
componentes para prontidão nos negócios, da mesma forma, nas variáveis tais como
qualidade da pesquisa científica das instituições e escolas de negócios,
disponibilidade de treinamento e oportunidades para a força de trabalho,
sofisticação dos compradores e disponibilidade para capital de
risco..
O que você atribui aos países nórdicos a continuada excelente
performance neste ano?
Os países nórdicos novamente estão no topo do
“ranking” neste ano, com a Islândia, Finlândia, Dinamarca e Suécia,
respectivamente, em segundo, terceiro, quarto e sexto lugar. A Islândia, em
particular, registrou uma performance impressionante nas TICs, subindo da décima
posição, em 2003, para a segunda posição dentre 104 economias em 2004, o que
representa a maior melhoria de performance entre os primeiros colocados.
.
Tal desenvolvimento não surge como surpresa na medida em que os países
nórdicos têm mostrado consistentemente alta penetração e índices de uso das
TICs, revelando-se entre os de maior performance dos últimos quatro anos.
Além de ter uma excelente macroeconomia, infra-estrutura e ambiente
regulatório, esses países compartilham um compromisso entre governo, empresários
e famílias no uso das TICs. Adicionalmente, eles estão sempre inovando.
Como resultado, Suécia, Finlândia e Dinamarca ultrapassam algumas das
maiores economias Européias em número de patentes registradas por milhão de
população, um indicador freqüente usado pelas nações que registram inovações.
.
Economias Asiáticas e do Pacífico no conjunto geral também tem
pontos altos. Como pode ser explicado o sucesso dessa
região?
Realmente, Singapura não é a única história de sucesso na
Ásia. Uma análise no ranking deste ano mostra que outros países asiáticos estão
fazendo muito bem seu desenvolvimento com as TICs:
Hong Kong (7) e Japão (8)
estão entre os 10 primeiros pela primeira vez e a Austrália, Taiwan, Nova
Zelândia, Coréia e Malásia estão bem posicionadas, respectivamente em
11a., 15a., 21a., 24a. e
27a posição. Índia e China têm melhorado significadamente suas
posições, respectivamente para 39a e 41a (da
45a e 51a em 2003).
Levando em conta a
importância do crescimento da Ásia como um dos maiores usuários das TICs, este
ano o Relatório inclui um estudo específico sobre Taiwan, que tem obtido
impressionante performance nas TICs, em relação aos últimos 20 anos,
diversificando seu estrutura produtiva, fora da agricultura, para intensivo uso
das tecnologias na indústria, emergindo como um dos líderes manufaturadores de
produtos de TIC e uma fonte de inspiração para outras regiões, mesmo fora da
Ásia.
Porquê a Booz Allen Hamilton tem um capítulo incluído
investigando o futuro da terceirização?
Terceirização é
definitivamente uma tendência nos padrões atuais de produção tendo se estendido
de atividades periféricas de negócios para o centro, tal como o setor das TICs.
Booz Allen Hamilton usa sua experiência num amplo intervalo industrial
para identificar as melhores práticas na terceirização. Sua contribuição neste
ano ao Relatório está no capítulo intitulado “Próxima Geração de Terceirização
de Tecnologia de Informação: Lucros e Riscos”, que é uma ótima ferramenta para
os líderes de negócios por todo o mundo diante das decisões de
terceirização.
O GITR também busca no assunto da Internet um
fornecimento de serviços de governo e sua importância para a competitividade
Européia. Qual é a função das TICs em obter os objetivos da Estratégia
da Lisboa?
Como parte dos esforços de fazer a Europa ter uma
economia baseada no conhecimento mais competitiva do mundo em 2010, a Agenda de Lisboa coloca uma ênfase
especial na promoção da penetração e uso das TICs a nível de governo,
empresários e famílias.
Agenda de Lisboa:
1. Criar uma sociedade de Informação
para todos;
2. Desenvolver uma área Européia para inovação, pesquisa e desenvolvimento;
3. Liberalização: - completar um único Mercado, - Estado ajuda nas políticas de competição;
4. Construção de indústria de redes
• em telecomunicações • em utilidades e transporte
5. Criar eficientes e integrados serviços de financiamento
6. Melhorar o ambiente corporativo
• para negócios iniciais • para arcabouço regulatório
7. Aumentar a inclusão social
• retornar as pessoas ao trabalho • atualizar os perfis • modernizar a proteção social
8. melhorar o
desenvolvimento sustentado
Embora
uma avaliação parcial tenha revelado que os objetivos de Lisboa não são
razoáveis de serem implementados em tempo, significante progresso tem sido feito
fortalecendo as funções das TICs na sociedade Européia, como contribuições da
Cisco no Relatório desse ano apontam no capítulo “Impacto da Rede – e-Gov
Europeu”, que gradualmente com os descobrimentos dos projetos de pesquisa
patrocinados pela Cisco – série Impacto da Rede – ajuda a entender os
investimentos e as melhores práticas nas TICs, que estimula melhorias de
produtividade nas organizações públicas.
As contribuições da Cisco
fornecem uma análise muito útil de como as TICs devem ser usadas para melhorar a
eficiência do setor público e entregar serviços para o público em geral.
O GITR tem estimado a economia de prontidão dos conectados em rede
por 4 anos. Qual é a ajuda primária do Relatório e como pode ele ser útil para
as economias?
A lição importante do GITR reside no fato que ele
demonstra a importante função das TICs no alavancar a eficiência de uma economia
integrada, bem como em elevar as possibilidades das nações desenvolvidas e em
desenvolvimento.
Alcançar tais benefícios depende da cooperação entre
governo, empresários e indivíduos. Por exemplo, não é justo que seja
responsabilidade do governo criar o ambiente de mercado e redigir os
regulamentos.
O primeiro pilar da GITR captura aspectos do ambiente da
economia para desenvolvimento das TICs, tais como os regimes regulatórios, o
arcabouço legal e a infra-estrutura disponível.
O segundo pilar busca nos
atuais níveis de prontidão dos conectados em rede entre os principais envolvidos
na economia: indivíduos, empresários e governo. O terceiro pilar examina o atual
nível de uso das TICs por esses três grupos.
2004 – 2005
WEF
RANK
COUNTRY NRI
01 Singapore
1.73
02 Iceland 1.66
03 Finland 1.62
04 Denmark 1.60
05 United States 1.58
06 Sweden 1.53
07 Hong Kong 1.39
08 Japan 1.35
09 Switzerland 1.30
10 Canada 1.27
11 Australia 1.23
12 United Kingdom 1.21
13 Norway 1.19
14 Germany 1.16
15 Taiwan 1.12
16 Netherlands 1.08
17 Luxembourg 1.04
18 Israel 1.02
19 Austria 1.01
20 France 0.96
21 New Zealand 0.95
22 Ireland 0.89
23 United Arab Emirates 0.84
24 Korea 0.81
25 Estonia 0.80
26 Belgium 0.74
27 Malaysia 0.69
28 Malta 0.50
29 Spain 0.43
30 Portugal 0.39
31 Tunisia 0.39
32 Slovenia 0.37
33 Bahrain 0.37
34 South Africa 0.33
35 Chile 0.29
36 Thailand 0.27
37 Cyprus 0.25
38 Hungary 0.24
39 India 0.23
40 Czech Republic 0.21
41 China 0.17
42 Greece 0.17
43 Lithuania 0.13
44 Jordan 0.10
45 Italy 0.10
47 Mauritius 0.08
48 Slovak Republic 0.03
49 Jamaica –0.03
50 Botswana –0.10
51 Indonesia –0.13
52 Turkey –0.14
53 Romania –0.15
54 Morocco –0.17
55 Namibia –0.21
56 Latvia –0.23
57 Egypt –0.24
58 Croatia –0.25
59 Trinidad and Tobago –0.28
60 Mexico –0.28
61 Costa Rica –0.29
62 Russian Federation –0.36
63 Pakistan –0.38
64 Uruguay –0.39
65 Ghana –0.41
66 Colombia –0.42
67 Philippines –0.43
68 Vietnam –0.46
69 Panama –0.47
70 El Salvador –0.49
71 Sri Lanka –0.49
72 Poland –0.50
73 Bulgaria –0.51
74 Gambia –0.52
75 Kenya –0.62
76 Argentina –0.62
77 Uganda –0.63
78 Dominican Republic –0.65
79 Serbia and Montenegro –0.65
80 Algeria –0.66
81 Zambia –0.68
82 Ukraine –0.68
83 Tanzania –0.71
84 Venezuela –0.72
85 Macedonia –0.73
86 Nigeria –0.73
87 Madagascar –0.77
88 Guatemala –0.78
89 Bosnia and Herzegovina –0.86
90 Peru –0.91
91 Georgia –0.94
92 Mali –0.96
93 Malawi –0.98
94 Zimbabwe –1.02
95 Ecuador –1.08
96 Mozambique –1.11
97 Honduras –1.19
98 Paraguay –1.20
99 Bolivia –1.25
100 Bangladesh –1.30
101 Angola –1.36
102 Ethiopia –1.52
103 Nicaragua –1.61
104 Chad –1.69
PARTE 2
Palestra ocorrida em 07/abril/2005 na
reunião do Grupo Executivo de Tecnologia de Informação e Comunicação do Governo
do Estado de São Paulo.
Latin American Performance in an
International Perspective – abril/2005.
Proferida pelos representantes
do “Programa de Competitividade Global” do WEF, Dr. Augusto Lopez-Claros,
Economista Chefe, e a Dra. Irene Mia, Economista Sênior.
Lopez-Claro dividiu sua apresentação em duas
partes.
1. The
Global
Competitiveness Programme (GCP) and the Global Information Technology Report
(GITR). Ele explicou que o primeiro
Relatório de Competitividade Global (GCR) foi lançado em 1979 cobrindo 16 países
e tem se expandido Em 2004 ele cobre 104 países e para 2005 a expectativa
é de se atingir 120 países. Inicialmente Lopez-Claros mostrou uma
comparação entre Argentina, Brasil e Coréia, onde em 1970 a renda anual per
capita era respectivamente de US$1.334, US$366 e US$275 sendo que, 34 anos
depois, a Argentina apresenta um PIB/per capita pouco abaixo de US$4.000, o
Brasil perto de US$3.000 enquanto que a Coréia está chegando aos US$14.000, ou
seja, a Argentina progrediu 3 vezes, o Brasil progrediu 8 vezes e a Coréia
progrediu 50 vezes. Lopez-Claros explicou que o Índice de Competitividade de
Crescimento (GCI – Growth Competitiveness Index) procura identificar fatores
chaves para justificar essa mudança em 3 décadas. Ele envolve um Índice de
Tecnologia (inovação/ transferência de tecnologia/ TIC), Índice Ambiente
Macroeconômico (estabilidade macroeconômica/ classificação de crédito/
gastos do governo) e Índice Instituições Públicas (leis e contratos/
corrupção), como se vê na tabela que compara os índices GCI entre o Brasil e
alguns países latino-americanos:
País |
Índice |
Índice |
Índice
Inst. |
Índice
ambiente |
Chile |
22 |
32 |
20 |
27 |
México |
48 |
48 |
59 |
49 |
Costa Rica |
50 |
55 |
47 |
64 |
Brasil |
57 |
42 |
50 |
80 |
Colômbia |
64 |
68 |
61 |
66 |
Argentina |
74 |
57 |
79 |
94 |
O
Programa de Competitividade Global e o Relatório Global de Tecnologia de
Informação (GITR) lançado em 2001 com a colaboração de grupos de TI da
Universidade de Harvard e em 2002
incluindo grupos de TI do INSEAD (Escola de Negócios na França) o GITR
leva em consideração a importância crucial das TICs para os países em
crescimento e desenvolvimento, servindo como uma poderosa ferramenta para os
líderes de negócios e mentores de políticas públicas para entender os fatores
das TICs que permitem os avanços. Lopez-Claros mostrou os indicadores de
macroeconomia selecionados.
País |
Déficit orçamento em % do PIB |
Taxa de câmbio real (2002=100) |
Taxa de juros rank |
Inflação 2003 |
Dívida governo |
Argentina |
0,5 |
101,6 |
75 |
13,4% |
65,7 |
Brasil |
-5,1 |
92,7 |
101 |
14,8% |
58,5 |
Chile |
-0,5 |
91.5 |
27 |
2,8% |
13,3 |
Colômbia |
-3,1 |
86,1 |
64 |
7,1% |
51,9 |
Costa Rica |
-3,1 |
91,9 |
95 |
9,4% |
56,1 |
México |
-0,7 |
87,2 |
32 |
4,5% |
51.1 |
China |
-2,5 |
93,9 |
26 |
1,2% |
31,3 |
Finlândia |
2,6 |
103,5 |
10 |
1,3% |
52,6 |
Estônia |
2,6 |
102,6 |
20 |
1,3% |
7,4 |
Alemanha |
-4,0 |
104,4 |
65 |
1,1% |
65,3 |
Coréia |
2,3 |
99,6 |
6 |
3,5% |
16,0 |
Índia |
-10,0 |
97,7 |
57 |
3,8% |
81,1 |
Singapura |
1,8 |
95,6 |
45 |
0,5% |
106,4 |
Espanha |
0,3 |
104,8 |
2 |
3,0% |
63,3 |
Qualidade
das Instituições Públicas – Indicadores de 2003 pesquisados em 104 países
|
Arg. |
Brasil |
Chile |
Colômbia |
C.Rica |
México |
China |
Finlândia |
Alem. |
Coréia |
Índia |
Sing. |
Desperdício no gasto governo |
99 |
72 |
23 |
64 |
56 |
55 |
30 |
5 |
44 |
57 |
51 |
1 |
Independência do judiciário |
97 |
51 |
37 |
73 |
33 |
65 |
61 |
2 |
3 |
48 |
32 |
24 |
Direito de propriedade |
104 |
47 |
31 |
65 |
52 |
63 |
62 |
2 |
9 |
27 |
34 |
12 |
Favorecimento de decisões a pessoas do governo |
93 |
47 |
19 |
81 |
51 |
58 |
38 |
3 |
13 |
49 |
44 |
7 |
Custo da violência e crime p/negócios |
99 |
89 |
53 |
88 |
80 |
93 |
51 |
1 |
7 |
32 |
22 |
5 |
Pagamento irregular na coleta de taxas |
60 |
55 |
19 |
46 |
48 |
53 |
62 |
6 |
14 |
63 |
73 |
11 |
Desvios de fundos públicos |
91 |
64 |
30 |
98 |
36 |
80 |
62 |
1 |
14 |
52 |
54 |
7 |
Confiança pública nos políticos |
98 |
61 |
24 |
74 |
46 |
88 |
18 |
3 |
21 |
85 |
64 |
1 |
Eficiência do arcabouço legal |
99 |
53 |
29 |
65 |
38 |
75 |
55 |
7 |
6 |
56 |
33 |
14 |
Extensão de funcionários burocráticos |
59 |
86 |
12 |
15 |
47 |
93 |
94 |
35 |
31 |
21 |
52 |
16 |
Liberdade de imprensa |
73 |
27 |
32 |
60 |
26 |
39 |
101 |
6 |
4 |
51 |
28 |
98 |
Patentes utilizadas |
37 |
46 |
47 |
63 |
39 |
44 |
62 |
1 |
4 |
55 |
10 |
3 |
Registro terciário |
28 |
67 |
38 |
59 |
69 |
63 |
75 |
1 |
23 |
|
32 |
2 |
Colaboração
pesq. |
88 |
28 |
44 |
46 |
52 |
45 |
22 |
1 |
12 |
34 |
5 |
6 |
Usuários Internet/ 10 mil habitantes |
51* |
57* |
37* |
64 |
45* |
50 |
63 |
10 |
31 |
86 |
5 |
19 |
Microcomputador/ |
50* |
53* |
41 |
59 |
30* |
49 |
72 |
13 |
26 |
87* |
3* |
19 |
Linhas telefone/ |
54* |
52 |
53 |
58 |
46* |
61 |
56 |
21 |
26 |
82 |
27 |
13 |
Prontidão |
50 |
36 |
23 |
66 |
37 |
46 |
60 |
3 |
1 |
26 |
8 |
11 |
Investimento empresas P&D |
75 |
31 |
46 |
58 |
33 |
57 |
27 |
6 |
7 |
26 |
9 |
12 |
Infra-estrutura |
55 |
59 |
30 |
76 |
72 |
61 |
62 |
5 |
27 |
63 |
3 |
24 |
Qualidade pesq. científica |
83 |
37 |
59 |
66 |
38 |
58 |
40 |
4 |
3 |
17 |
13 |
21 |
* dados 2002 |
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
2.
“Networked
Readiness Index” (NRI - Índice de Prontidão dos Conectados a
Rede). O NRI mede
a propensão para um país explorar as oportunidades oferecidas pelas TICs e
estabelece um mapeamento internacional dos fatores que permitem tais
capacidades. Ele abrange uma visão do Ambiente (mercado/ políticas regulatórias/
infra-estrutura), da Prontidão (individual/ nos negócios/ no governo) e do Uso
(individual/ nos negócios/ no governo). As variáveis atuais usadas são, 20 para
Ambiente envolvendo: facilidade para abrir um negócio, burocracia,
disponibilidade de engenheiros e cientistas, sofisticação do mercado financeiro,
efetividade do judiciário, instalação de linhas telefônicas, segurança nos
servidores de Internet, disponibilidade de servidores de Internet, colaboração
entre a indústria e a universidade; 16 para Prontidão envolvendo:
qualidade na educação de matemática e ciências, acesso Internet nas escolas,
tarifas telefônicas de conexão residencial e comercial, qualidade das escolas
para negócios; 15 para Uso envolvendo: assinantes de celulares e
telefones fixos, assinantes de banda larga para Internet, serviços de governo
on-line, nível tecnológico absorvido, uso da Internet.
País |
2003 |
2004 |
Posições ganhas |
Chile |
32 |
35 |
-3 |
Brasil |
39 |
46 |
-7 |
México |
44 |
60 |
-16 |
Costa Rica |
49 |
61 |
-12 |
Uruguai |
54 |
64 |
10 |
Colombia |
60 |
66 |
-6 |
Panamá |
58 |
69 |
11 |
El Salvador |
62 |
70 |
-8 |
Argentina |
50 |
76 |
-26 |
Venezuela |
72 |
84 |
-12 |
Peru |
70 |
90 |
-20 |
Equador |
89 |
95 |
-6 |
Paraguai |
91 |
98 |
-7 |
Bolívia |
90 |
99 |
-9 |
Nicarágua |
94 |
103 |
-9 |
Variáveis
Selecionadas para comparação na América Latina
|
Argentina |
Brasil |
Chile |
Costa Rica |
Colômbia |
México |
Usuários Internet /
100 |
47 |
53 |
34 |
39 |
65 |
51 |
Assinantes de telefone móvel, 2003 |
67 |
57 |
42 |
75 |
71 |
52 |
Facilidade de abrir um novo negócio, 2004 |
95 |
96 |
52 |
70 |
85 |
91 |
Burocracia administrativa, 2004 |
92 |
96 |
21 |
47 |
61 |
87 |
Qualidade do sistema de educação, 2004 |
84 |
85 |
71 |
24 |
69 |
77 |
Assinantes de banda larga Internet, 2002-3 |
44 |
38 |
35 |
56 |
58 |
48 |
Efetividade do sistema judiciário, 2004 |
97 |
51 |
37 |
33 |
73 |
65 |
Lopez-Claros mostrou a
seguinte análise NRI do Brasil:
Indicadores chaves: |
população em 2003 de 1,78
milhões de habitantes; |
NRI ranking calculado em: |
2002 (082 países) = 29;
|
Índice para Componentes
|
ranking entre 104 = 47
|
Índice para Componentes
|
ranking entre 104 =
43 |
Índice para Componentes
|
ranking entre 104 =
43 |
Vantagens Competitivas |
Índice – variável em 2004 – ranking em 104 |
Componentes de Ambiente |
1,03 - sofisticação do mercado financeiro - 26 |
|
1,05 - estado do desenvolvimento do conjunto - 26 |
|
1,06 – colaboração no conjunto - 18 |
|
1,07 – colaboração universidade-indústria - 28 |
Componentes de Prontidão |
5,01 – investimentos em treinamento - 27 |
|
5,02 – disponibilidade de serviços de treinamento - 17 |
Componentes de Uso |
7,03 – telefones públicos pagos, 2002 - 04 |
|
8,01 – prevalência de tecnologia exterior licenciada - 24 |
Desvantagens Competitivas |
Índice – variável em 2004 – ranking em 104 |
Componentes de Ambiente |
1,01 – disponibilidade de cientistas e engenheiros - 58 |
|
1,12 – burocracia administrativa - 96 |
|
1,13 – facilidade de iniciar um novo negócio - 96 |
|
2,01 – efetividade do legislativo - 61 |
|
2,03 – efetividade do judiciário - 51 |
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3,01 – instalação de linhas telefônicas, 2002 - 53 |
Componentes de Prontidão |
4,01 – qualidade educação de matemática e ciência - 79 |
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4,02 – qualidade do sistema educacional - 89 |
Componentes de Uso |
7,01 – assinantes de celulares, 2003 - 57 |
|
9,01 – sucesso do governo em promover as TICs - 52 |
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9,02 – serviços de governo on-line - 61 |
Lopez-Claros esclareceu que as
variáveis coletadas se dividem em “dados-soft” e “dados-hard”. A coleta dos
“dados-leves” é feita através de pesquisas (Gallup por exemplo) via questionários de
opinião para executivos, preparadas pelo (WEF), e que a coleta dos “dados-duros” é
obtida através de estatísticas coletadas por agências independentes (World
Development Indicators - WDI, World Information Technology and
Service Alliances – WITSA, International
Telecommunication Union – ITU, Pyramid, e pelo próprio WEF). Os “dados-leves” são críticos para
estabelecer a opinião dos tomadores de decisão e influenciar quem estiver
intimamente ligado com uma particular economia, enquanto que os “dados-duros”
capturam fundamentais elementos relacionados com o desenvolvimento da
infra-estrutura, do capital humano e do comércio eletrônico. Florencia
Ferrer (do Núcleo de Estudos e Desenvolvimento em e-Gov da Fundap) argumentou
sobre a impropriedade de se comparar paises com características bem
diferenciadas como Brasil, China e Índia com Singapura (744 km2
primeiro colocado no ranking NRI), que tem uma população menor que a
metade de São Paulo, e defendeu que uma ponderação nessas comparações seria mais
justa. Lopez-Claros concordou que há um problema de tamanho, e disse que se está
trabalhando nesse problema, porém descartou a objetividade do uso de pesos nas
comparações. Giselda Sauveur pediu mais esclarecimentos sobre a coleta dos
dados-leves (questionários respondidos por empresários) e Lopez-Claros fez longa
exposição de motivos e disse que não há forma definitivamente idônea de se
fazer essa coleta de informações. Diante das indagações, Luis Zipman (do IPT)
perguntou aos presentes se, independentemente da origem dos dados, alguém
discordava das conclusões qualitativas da pesquisa do WEF e não houve
contestação quanto a essa validade.
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