O Projeto Povo na Internet permite que a população de baixa renda tenha acesso facilitado à Internet em pontos públicos. É um projeto da Secretaria de Governo através da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (PRODESP) e foi lançado em 05/12/2001 pelo governador Geraldo Alckmin, durante sua visita a sede da Prodesp em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.


Na foto, ao lado, o governador do estado quando vê o projeto piloto da Prodesp sendo usado pelas crianças que participam do projeto Coopjovem da Prodesp.








O Projeto Povo na Internet consiste na implantação de terminais de acesso gratuito à Internet em pontos estratégicos, como postos do Poupatempo, estações do Metrô, conjuntos habitacionais da CDHU e Infocentros.

O investimento será de R$ 5 milhões. Empresas privadas também poderão investir à medida que o programa for sendo implantado. Inicialmente, serão instalados dois mil terminais. A meta é atingir cinco mil pontos de acesso, beneficiando aproximadamente 500 mil pessoas em todo Estado.

Segundo o presidente da Prodesp, Newton Paulo Freire Filho, "a exclusão digital pode agravar ainda mais a exclusão social. Além de atender a população, este programa também vai gerar novos empregos", afirmou.

O governador lembrou que a ampliação do uso da informática possibilitou melhor gerência do dinheiro público, maior eficiência na arrecadação estadual e redução de custos na aquisição de bens e serviços. Ele elogiou a Prodesp, ressaltando o trabalho realizado pela Companhia nos últimos anos.

Aspectos Técnicos: Ao invés de ter que investir na compra de microcomputadores, a Prodesp estudou e aprovou o uso espalhado pelo estado de Terminais de Acesso Popular (TAP), nos locais estratégicos citados. Os TAP usam processadores de 300 MHZ, que serão conectados a um servidor de rede local, para acesso a todo um conjunto de software de escritório útil e ainda usar um programa de acesso a Internet (Browse) para poder navegar em busca de informações escolares, técnicas, de arte, de notícias, enfim com acesso livre na rede mundial, graças a possibilidade de se fazer uma conexão com tarifa a ser cobrada no destino, tipo 0800.

Mais que isto, usuários que puderem ter acesso a outros provedores de informação e daí ter direito a uso de área de armazenamento de dados poderão ter seus trabalhos escolares ou sua organização de informações guardadas nesses portais de informação existentes na Internet. Por outro lado, os TAP irão permitir o uso de uma memória especial (memória flash ou cartão flash) de 32 MB (ou +) de custo aproximado de 100 reais (que poderá ser financiado), cujo tamanho é menor que uma caixa de fósforo, e portanto facilmente portável, de modo a permitir armazenar programas de computador (software) particulares ou guarda de informações pessoais, que podem atingir até três mil páginas de texto. 

Ou seja, é um uso muito semelhante ao de um telefone público (orelhão) e os parceiros iniciais que fornecem a tecnologia podem ser ampliados para outros parceiros empreendedores que poderão implementar e sofisticar outros locais de uso, de modo a tornar o ambiente do TAP especializado, por exemplo, em ser servidor  especial de impressão (fotos), ou ser servidor para armazenagem de  grande quantidade de dados, ou até ser servidor de geração de CDs de música, pois no futuro se poderá alugar ou vender serviços do produto do mundo da informação. 

Finalmente, o Secretário de Governo e Gestão Estratégica, Dalmo Nogueira, na ocasião também Presidente do Conei, considerou este lançamento um momento histórico e afirmou "Ninguém contestou a importância desse projeto", prevendo que a tendência do programa é se espalhar no Brasil.

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